Adobe for Women é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 2011, cujo objetivo é a recuperação e ensino de técnicas de construção em terra; esta é a nossa contribuição para uma utilização mais humana e sustentável do espaço e recursos do planeta.
Tendo como base a visão do arquiteto mexicano Juan José Santibañez, que há 20 anos ajudou mulheres pobres a construírem as suas próprias casas, o Adobe for Women começou o seu trabalho em Março último, na aldeia indígena de San Juan Mixtepec, em Oxaca, México. Estas destinam-se a 20 mulheres em circunstâncias difíceis, que participam com o seu trabalho no processo de construção. Desta forma, apropriam-se pouco a pouco da sua futura morada e reencontram a autoestima, a capacidade de trabalho e a esperança que lhes permitirão transformá-las em espaços seguros e carinhosos para as suas famílias.
As casas são eficientes energeticamente e construídas com materiais locais, como adobe e bambu.
Cada casa custa apenas 3 830,84 euros (o preço de meio metro quadrado de um apartamento em Paris ou Amsterdã, um metro quadrado nas capitais bálticas e dois metros quadrados nas cidades europeias mais económicas).
Estas mulheres lutaram toda a vida pelos seus filhos e pela sua dignidade. Com o nosso trabalho e a sua ajuda, continuarão a fazê-lo – nas suas próprias casas.
“É aflitivo ver o número de pessoas que vivem em más condições de habitação, um número que aumenta de dia para dia. Para muitos, ter um sítio a que possam chamar casa, com o mínimo de condições, é um sonho que nunca se irá realizar”, explicou à revista Impulso Positivo uma das fundadoras da associação, Carmo Caldeira.
“O consumo desenfreado de matérias-primas por parte da indústria da construção faz com que o arquiteto tenha um papel realmente preponderante, pela sua responsabilidade na procura de soluções mais sustentáveis e mais humanas”, continuou a arquiteta.
As futuras moradoras das casas sustentáveis têm um papel muito ativo em todo este processo. Elas são ajudadas por um mestre-de-obras, pelas visitas quinzenais de alguns membros da associação e outros voluntários, mas são as responsáveis pelo projeto.
Depois do México, o projecto deverá chegar a Portugal, Brasil e Gana.
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